Conto sempre em minhas palestras uma historinha que ilustra bem a necessidade de termos indicadores, objetivos e metas, para sabermos em que ponto do caminho estamos, aonde queremos chegar e como podemos melhorar.
Estava na piscina de um hotel e resolvi dar um mergulho. Nadei por baixo d’água até terminar meu fôlego. Quando emergi, fiquei frustrado com meu desempenho, pois tinha mergulhado apenas uns quatro metros.
Andando pela borda da piscina, eu ia pensando: “Mas esse pulmão que não fuma, não bebe, faz conferências até sem microfone, pratica exercícios todos os dias, como é que só agüentou mergulhar 4 metros?!”
Então vi um garotinho com óculos de mergulho.
“Me empresta esses óculos? Pedi ao menino.” Ele relutou, mas acabou emprestando.
Coloquei os óculos e mergulhei de novo. Como agora estava com os olhos abertos, por baixo d’água vi a outra parede à minha frente.
“Vou chegar lá, vou chegar, vou chegar…” – ia pensando enquanto avançava, submerso, sempre olhando para a parede à minha frente.
E cheguei! Logo na primeira tentativa com os óculos que me permitiam enxergar minha meta, mergulhei 20 metros!
Por que desta vez consegui? Porque tinha uma meta bem concreta e visível, um objetivo bem palpável: a parede do outro lado da piscina.
Quando você estabelece um objetivo e se propõe realmente a atingi-lo, acende-se uma força interior, que está dentro de cada um mas que muita gente ainda desconhece.
“Eu vou fazer! Eu vou conseguir!”
Quando você determina, com convicção, um objetivo em sua vida, as chances de alcançá-lo aumentam de modo surpreendente.
“Como é que você conseguiu comprar essa casa?”
“Não sei, mas coloquei na cabeça que ia conseguir, batalhei por isso e aí está.”
Mergulhei outra vez, e outras mais, sempre chegando ao final da piscina. Só que depois de alguns mergulhos a parede cansou. Eu não me animava mais a chegar ao fim.
Não é por ter ficado fraco. A força ainda estava comigo, mas estava faltando motivação. Precisava de novas metas, novos desafios.
Se um desafio for sempre o mesmo, ele vira rotina e deixa de ser um desafio.
Esta história também está no livro e no vídeo “É Obvio”