Há poucos dias, fomos todos surpreendidos pela notícia do trágico acidente aéreo com mais de 70 vítimas fatais: o time da Chapecoense, dirigentes do clube e jornalistas. A Chape, como é carinhosamente chamada, tornou-se um orgulho da cidade, conseguiu ser o primeiro time dos torcedores naturais da região e o segundo time de muitos brasileiros. Foi uma grande perda para o esporte mundial, pois era forte candidato a campeão sul-americano, e uma perda ainda maior para os familiares. Em todos, fica um vazio profundo.
Tenho muito carinho pela cidade de Chapecó, capital brasileira da agroindústria e capital catarinense de turismo de negócios, onde sou convidado com frequência para fazer palestras, sempre recebidas com muito entusiasmo pelo público, como ocorreu recentemente, no dia 25 de novembro.
A vida é um grão de areia. Foge à nossa compreensão a perda desses jovens e valorosos atletas, mas eles deixam para todos nós um legado de alegrias, vibração, superações e vitórias.
Onda verde e flores em vida
A tragédia ocorrida com o time da Chapecoense foi motivo de uma comovente onda de solidariedade que se espalhou pelo mundo. Vários times vão emprestar jogadores a custo zero, para a Chape disputar o Brasileirão em 2017. Amistosos serão feitos, talvez até da Seleção Brasileira, arrecadando dinheiro para os familiares. Grandes somas serão doadas por times de alguns países, como a França. O símbolo da Chape foi estampado nos sites de centenas de clubes importantes e estará nas camisas de vários desses times, na próxima rodada.
É muito bom ver a solidariedade tão presente. E merece elogios todo apoio que está sendo dado aos familiares das vítimas do acidente, bem como à Associação Chapecoense de Futebol.
O que percebo, porém, é que muitos só exercitam a solidariedade nas horas de adversidade extrema. Somente em momentos de desgraça, e não nas dificuldades do dia a dia. Muito menos em momentos de alegria.
Não seja solidário somente nas horas extremas. Seja agora.
Sempre tem alguém ao seu lado precisando de uma palavra de conforto, um ombro amigo, uma ajuda para tratar um problema de saúde, um estímulo para ter força de superar um desafio, ou mesmo um simples prato de comida. Muitas vezes, um amigo ou parente está passando por momentos difíceis e não damos a devida atenção…
Em qualquer ambiente, a solidariedade é sempre um gesto necessário. Basta olhar em volta, para ver como tem gente precisando de seu apoio em momentos de dificuldade profissional ou pessoal, familiar, financeira, afetiva, espiritual ou de saúde.
De fato, a adversidade une mais do que as alegrias. Você já percebeu, por exemplo que os enterros costumam ter mais gente do que os aniversários?
Que tal mudarmos essa postura?
Vamos ser solidários com as pessoas que convivem conosco e com aquelas que encontrarmos em nossos caminhos?
Convido você a refletir.
E para a querida Chape, que deu tanta alegria aos seus torcedores, uma ótima homenagem será cultivar essa alegria, sendo solidário nos momentos mais comuns do dia a dia. Ofertando “flores em vida”, como sugere a bela canção de Zezé Di Camargo & Luciano: “Quero o seu amor agora, não a saudade depois…”
Receba, aqui e agora, o abraço do PROF. GRETZ.